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Desenvolvido por SD TecnologiaA psicanálise enquanto ciência é a práxis da interpretação dos imperativos do discurso. E, enquanto
ato de cura, consiste na interpretação do desejo do sujeito. A intersecção
entre ambos os campos (o do discurso e o do desejo) constitui um enigma que
alimenta a repetição do sintoma. É por isso que o ato psicanalítico demanda
deciframento. Mas a ciência contemporânea tem inventado variantes de linguagem
cuja semiótica não está determinada pela intersecção entre o princípio do
prazer e o princípio de realidade, mas, somente pela prevalência do sentido da
palavra no discurso. Algoritmo que invariavelmente impõe uma semiótica de mão
única: é sempre um Outro que corrige o que o sujeito diz, e nunca é o sujeito
quem corrige o que o discurso impõe.
PROGRAMA
1.
A instância da letra no inconsciente ou a razão desde Freud
2. Psicanálise em intensão e a
psicanálise em extensão: as variantes do Ato Psicanalítico.
3. A Semiótica e o nascimento da
significação. A pulsionalização ou a migração dos automatismos sensoriomotores
para lalangue
4. A fabricação industrial de
significantes mestres e suas consequências nos três registros: R,S,I + V.
5. O declínio da função paterna e a
globalização da paranoia. Porque o registro virtual não pode fazer suplência
para que os três registros não se desencadeiem: as consequências de um saber
sem Outro, ou as consequências de um pai sem nome
6. O declínio do desejo parental ou
uma morte insignificante. Uma neurose de destino coletiva ou o balanço coletivo
entre o gozo sem limite (que dissolve o sujeito) e a melancolia de ser sem
sentido (que dissolve o desejo)
7. Variantes históricas da estrutura
psíquica e suas respectivas epistemes: a estrutura do sujeito não é
a-histórica, ela se transforma, mas, para ser sujeito, precisa de um saber que
não se sabe saber.
8. A querela das gramáticas. A
episteme naturalística e a vitória do discurso pragmático. Chomsky vs. Lacan.
As pesquisas linguísticas de Daniel Everett na tribo dos pirahãs: uma linguagem
incompatível com o capitalismo
9. O laço social se constrói na letra, mas, com a condição que a esta lhe
seja permitida uma função semiótica que inclui a metáfora – ou seja a
polissemia. As linguagens digitais são mais úteis quanto menos metáfora
suportam. Ambas as formas de linguagem são incompatíveis entre si: o que uma
propõe a outra apaga
DIRIGIDO
a psicólogos, psiquiatras,
psicanalistas, estudantes e profissionais das áreas da saúde
CARGA HORÁRIA
18
horas (9 aulas de 2 horas cada)
DATAS
24 de
setembro; 01, 08, 15, 22 e 29 de outubro e 05, 12 e 19 de novembro
HORÁRIO
quartas-feiras
| 20h às 22h
PREÇO
quatro mensalidades
de R$ 380,00
alunos do CEP: quatro mensalidades de R$ 340,00